[ toponímia ]
[ + personalidades ]
| | biografia D. Maria da Paz Varzim da Cunha e Silva Barbosa nasceu, em Barcelos, no dia 25 de Junho de
1906 e faleceu no Porto em 20 de Junho de 1956.
Filha de mãe poveira, Adelaide Varzim da Cunha e Silva, professora na freguesia de Cristelo,
veio para a Póvoa, de tenra idade, e aqui sempre viveu, na companhia de sua tia materna Maria
do Nascimento Varzim da Cunha Marques, casada com Manuel de Campos Marques.
Dotada de espírito alegre e folgazão, encarado sempre a vida com jovialidade, era a alegria e a
boa disposição personificadas.
Muito disciplinada em todos os actos da sua vida, deu-se mais aos outros do que a si própria,
vivendo sempre preocupada com o bem-estar e a melhoria das condições sociais dos pobres e
dos mais desprotegidos. Tinha inclinação natural para o apostolado cristão, devotando-se com
muito zelo à acção meritória de «A Beneficiente» (de que era servente diária) e à formação
moral das raparigas mais abandonadas e em perigo moral, que protegia e educava. Deu-se toda
a Deus, ao próximo e à família. Dona Maria da Paz soube ser um coração extremamente
generoso e pronto para ajudar os outros.
Poveira pelo coração e pela sua vivência quotidiana, bairrista como os do melhor escol,
promovia, com todo o sucesso, manifestações publicas de jubilo por ocasião de qualquer
evento mais notável na nossa terra, como aconteceu quando foi anunciada a abertura do
concurso público para a construção do Porto de pesca. Quando se punha em campo, a Pazinha
fazia movimentar toda a população poveira e as forças vivas da nossa terra. O seu vibrante
entusiasmo a todos contagiava.
Por iniciativa de José Marques Agonia, Padre Manuel Gonçalves da Fonte, Laurinda Poças da
Silva e António José da Costa Farinhas, foi consubstanciada a ideia da criação de uma Obra de
apoio a jovens com problemas de integração social e comunitária que, por sugestão de
Laurinda Poças, foi proposto e aprovado por unanimidade o nome de Maria da Paz Varzim
como patrona desta obra que se dominará «Instituto Maria Paz Varzim». Esta Associação foi
oficializada por escritura de 20.08.1990 e dos seus dez artigos estatuários constam o seguinte:
a) Apoio a jovens com problemas de integração social e comunitária; b) Protecção dos
cidadãos na velhice e invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de
subsistência ou de capacidade para o trabalho; c) Educação e formação profissional dos
cidadãos; d) Resolução dos problemas de habitação dos reintegrados; e) Criação de habitações
comunitárias.
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim:
Câmara Municipal, Vol. XXVII, nº2 (1990), p. 562-566.
|